Nesta quarta-feira (24), o Ministério da Saúde lançou a nova campanha oficial do governo federal de combate e prevenção ao mosquito Aedes Aegypti, transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya. A campanha, denominada “Combater o mosquito é com você, comigo, com todo mundo”, tem como enfoque o papel dos agentes públicos, indispensáveis para informar e orientar a população a combater de forma correta os criadouros do mosquito, e da sociedade civil que deve tomar algumas atitudes para evitar a proliferação do inseto.
A peça publicitária divulgada pelo Ministério da Saúde, mostra brasileiros de diferentes nichos e funções agindo contra o Aedes Aegypti. A campanha será veiculada em rádios e Tvs, outdoors e redes sociais, até o dia 31 de dezembro de 2020.
Em evento de lançamento realizado em Brasília, o presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Willames Freire, ressaltou as dificuldades de lidar com o antigo inimigo, quando passamos por uma outra situação que pede cuidados. “Trabalhar a dengue neste ano foi um desafio muito grande. É desafio sair de casa para irmos ao campo, é desafio enfrentar dois inimigos ao mesmo tempo. Não podemos relaxar, pois sabemos o quanto esse momento é importante, porque, na ponta, precisamos estimular o nosso povo. Em 2021, temos que intensificar nossas ações”, disse.
O Brasil já registrou 971.136 casos de dengue em 2020. Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal foram as unidades federativas com maior índice de contaminados. Os dados foram divulgados pelo governo federal em 14 de novembro. De acordo com o Ministério da Saúde, ao todo, 528 pessoas morreram de dengue no Brasil em 2020. Destas, 401 mortes estão concentradas no Paraná, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal e São Paulo, que não aparece entre os estados de alta.
O Ministério da Saúde fez um alerta sobre o período do verão, época de maior proliferação do mosquito. Segundo o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, a campanha publicitária tem também o objetivo de focar no papel social do cidadão, que para conter as doenças, precisa acabar com focos de água parada em sua casa e comunidade. “O mosquito é um vilão, mas o maior vilão é o cidadão que deixa, por exemplo, a água ficar empoçada. Por isso, a campanha e o trabalho dos agentes in loco são ferramentas fundamentais para conscientizarmos a população sobre a importância do combate ao mosquito”, disse no evento.
O Aedes Aegypti também o transmissor da chikungunya, que em 2019 afligiu mais de 1,5 milhões de pessoas no Brasil. Em 2020, 78.808 casos dechikungunya foram registrados no país, levando 25 pessoa à òbito. A doença pode deixar sequelas, e em casos mais graves, desenvolve quadros de artrite crônica. O mosquito também é o transmissor do Zika Vírus, que contaminou 7.006 pessoas no Brasil até 24 de outubro. A maior complicação envolvendo a infecção pelo Zika é em casos de gestação, trazendo o risco de microcefalia para o bebê.
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