Por Letícia Damasceno
A diabetes é uma doença silenciosa. Em quadros leves, pode aparecer sem sintomas. Porém, a é uma doença que não tem cura, que exige tratamento e controle. Segundo dados do Atlas da Diabetes, lançado em 2019, o Brasil é o quinto país com maior número de pessoas diabéticas. O mês de novembro é destinado para alertar a população quanto à prevenção e o tratamento. Metade da população diabética no mundo não sabe que tem a doença por falta de exames e isso é muito preocupante. Grupo de risco do coronavirus, diabéticos tem mais chance de complicações graves de covid-19, incluindo maior risco de morte. Existem dois tipos da doença: A diabetes tipo 1 e a diabetes tipo 2 e os dois apresentam agravamento se a pessoa se infectar por coronavirus.
A diabetes tipo 1 é conhecida como a diabete das crianças, pois são mais diagnosticadas em crianças e adolescentes, mas pode acontecer em qualquer idade. A doença ocorre quando anticorpos produzidos pelo organismo atacam o pâncreas e impossibilitam a produção de insulina, hormônio responsável pela diminuição dos níveis de glicose no sangue. O papel da insulina é abrir as portas das células para a entrada da glicose, que dá energia ao corpo. Quem tem diabete tipo 1 depende da aplicação diária do hormônio. Entre os sintomas da diabetes tipo 1 estão a vontade frequente de urinar, fome e sede excessiva, além de emagrecimento, fraqueza, fadiga e nervosismo.
Já a diabetes tipo 2 ocorre mais em adultos e tem o sedentarismo e a obesidade como gatilhos principais, além da predisposição genética. O pâncreas é capaz de produzir a insulina, mas ela não consegue exercer o efeito nas células, tem sua ação prejudicada. É a obesidade que cria essa resistência ao hormônio. Em quadros iniciais, o paciente trata a doença com medicamentos orais e injetáveis. Em fases avançadas, o diabético do tipo 2 pode deixar de produzir a insulina e passa a ter de aplicá-la. A maioria das pessoas apresenta o tipo 2 da doença e está na faixa etária de 45 a 64 anos. Os sintomas da diabetes tipo 2 também incluem fome e sede excessiva, infecções de bexiga, rins e pele frequentes, demora na cicatrização de feridas, alteração na visão e formigamento nos pés.
Existe ainda a diabetes gestacional, que é aumento da resistência à ação da insulina na gestação, levando ao aumento nos níveis de glicose no sangue diagnosticado pela primeira vez na gestação, podendo ou não persistir após o parto. A causa exata do diabetes gestacional ainda não é conhecida, mas envolve mecanismos que podem levar à resistência à insulina. Os sintomas da diabetes gestacional são muito semelhantes ao da diabetes tipo 1, como fome e sede excessiva e a vontade frequente de urinar.
O tratamento para diabetes consiste em controlar a glicose, evitando que ela apresente picos ou quedas ao longo do dia. Diabéticos do tipo 1 necessitam de injeções diárias de insulina para manterem a glicose em valores normais. Para fazer a medida é necessário ter um glicosímetro, que é um dispositivo capaz de medir a concentração exata de glicose no sangue. Além das injeções de insulina, um endocrinologista pode receitar medicamentos de via oral durante o tratamento. Pessoas com o diabetes tipo 2 também devem fazer um tratamento seguindo as orientações médicas, já que, no geral, a doença vem acompanhada de outros problemas, como obesidade e sobrepeso, sedentarismo e hipertensão.
Para as mulheres que apresentam diabetes gestacional devem fazer um tratamento voltado para diminuir os níveis de açúcar na corrente sanguínea da mãe, para não prejudicar o desenvolvimento do bebê. Uma dieta e exercícios físicos podem ajudar nesse controle.
Em qualquer tipo de diabete, é importante tomar alguns cuidados, por exemplo o fumo. Diabetes e cigarro multiplicam em até cinco vezes o risco de infarto. Por isso, é uma prática que deve ser evitada. Importante também se atentar a higiene bucal, escovar sempre os dentes depois de cada refeição. Isso porque o sangue dos Isso porque o sangue dos portadores de diabetes, com alta concentração de glicose, é mais propício ao desenvolvimento de bactérias .Por ser uma via de entrada de alimentos, a boca também recebe diversos corpos estranhos que, somados ao acúmulo de restos de comida, favorecem a proliferação de bactérias. Realizar uma boa escovação e ir ao dentista uma vez a cada seis meses é essencial.
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