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Quase 4 milhões para o quarto lugar

Como a 13ª campanha municipal mais cara do país conseguiu se tornar motivo de piada

Foto: Reprodução/ Internet.

Isabella Castro

Quando se confia em algo, investe-se naquilo. Pelo menos, assim é com a política e as campanhas eleitorais. As eleições municipais de Juiz de Fora parecem ser o único evento onde o quarto lugar recebe o farto prêmio de quase quatro milhões de reais nos fundos eleitoral e partidário. Considerada a 13ª candidata que mais gastou durante a campanha em todo o Brasil, a Delegada Sheila arrecadou cerca de 3,6 milhões de reais ao todo, onde a prestação de contas mais atualizada ainda não foi postada até a presente data.


Com uma campanha claramente inchada e representando o PSL – partido que teve uma enorme crescente desde a subida de Jair Bolsonaro à presidência -, a deputada declarou em 2017 através de um post do Facebook uma nota crítica a respeito da utilização do fundo eleitoral, dizendo que que era “uma vergonha para o nosso país” utilizar dinheiro público para campanhas eleitorais. Ela só esqueceu de acrescentar que era uma vergonha contanto que não fosse a própria campanha.


Com tamanho recurso e dinheiro nas mãos, Sheila tinha tudo para ser uma candidata forte, e de fato liderou várias pesquisas ao lado da candidata do PT, Margarida Salomão. Porém, o resultado não poderia ter sido pior, fazendo com que os números inexpressivos da deputada estadual – cerca de 10,04% dos votos válidos - fossem motivo de piada na internet após a apuração. Após o investimento e quebra de recordes em gastos, a candidata não conseguiu convencer o povo e passar para o segundo turno das eleições. Carreatas, bandeirinhas e panfletagem foram algumas das medidas tomadas pela assessoria de Sheila durante o período eleitoral, além de sua presença digital ter vindo com força. Foi muito recurso pra pouco índio, o que rendeu a bagatela de R$130,83 por voto adquirido.


Os motivos para uma campanha fraca não são muito claros. A audácia de utilizar métodos comuns de campanha em um período de pandemia onde a cidade bate recorde de internação diárias pode ser considerado um dos fatores. O PSL também vem perdendo popularidade na mesma velocidade que a adquiriu após a saída de Bolsonaro e a explosão de escândalos envolvendo seus candidatos. Independente da razão, uma coisa é certa: não há quarto lugar que mereça tamanha quantia.




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